As novas cédulas do real já começaram a circular em Belém. Segundo informações do Banco Central (BC), a Casa da Moeda do Brasil (CMB) destinou ao Pará 6% de tudo o que foi colocado em circulação no dia 13 - data do lançamento das novas notas. Com isso, mais de 2,4 milhões de cédulas de R$ 50 e 1,4 milhões de notas de R$ 100 já começam a circular em todo o Estado. O Banco do Brasil, que é o custodiante do BC - ou seja, responsável pela distribuição das notas -, foi o primeiro a disponibilizar o novo dinheiro aos correntistas, tendo o Banco do Estado do Pará (Banpará) também recebido uma remessa de cédulas com novo design. Em todo o País, já estão em circulação 41 milhões de cédulas de R$ 50 e 24 milhões de R$ 100.
Segundo explica o gerente do Meio Circulante em Belém, José Nilton Neves, não é preciso alvoroço para substituição das notas. 'As cédulas da família anterior continuam valendo, por tempo indeterminado, e não existem prazos para troca. Entendemos que as duas famílias podem conviver juntas, até que a segunda substitua a primeira', pontua, enfatizando que a troca será gradativa. Neves destaca que o BC realiza um conjunto de ações para orientar à população. 'Através do site do BC (www.bcb.gov.br/) é possível obter informações sobre as novas cédulas. Também estão sendo distribuídos cartazes e folhetos – e aqueles que precisarem destas publicações devem procurar o BC', orienta.
A substituição total das cédulas deve acontecer até o final de 2012, segundo aponta o gerente do Meio Circulante. 'Em 2011 substituiremos as notas de R$ 20 e R$ 10, e por último, em 2012, as cédulas de R$ 5 e R$ 2', assegura. Ele também ressalta que as notas de R$ 1 serão substituídas por moedas, em virtude do custo benefício. Neves ressalta que será priorizada a retenção da cédula da família antiga que estiver em estado total de desgaste natural. Ele explica que a mudança é justificada pela necessidade de dotar as notas de recursos gráficos anti-falsificação, dado o avanço tecnológico digital. A nova cédula é impressa em papel fiduciário, similar ao dinheiro atual.
Nilton Neves explica que as notas de maior valor do meio circulante são as que precisam de maior proteção contra tentativas de falsificação, e por isso foram priorizadas. Ele afirma que mais de 70% das cédulas falsas apreendidas no Banco Central são dessas duas denominações. Neves diz que a maior novidade está na faixa holográfica, composta por desenhos descontínuos, que mudam de formas e cores conforme o movimento. 'Este é um dos mais sofisticados recursos no combate à falsificação', assegura. Também é possível verificar a marca d’água, que apresenta a imagem do animal e o valor da cédula, além de um número escondido, que pode ser avistada na posição horizontal, à altura dos olhos.
A estudante Sara Mendes, que foi ao banco ontem, se assustou ao se deparar com as novas cédulas de R$ 100 e R$ 50. 'Eu ainda não tinha visto, somente pela TV. Pelo que vejo a mudança foi grande, e tudo indica que os caixas eletrônicos terão de se adaptar', afirma. Mendes observou que a nova nota é maior em relação à anterior, e mais larga, e por isso ela classificou o dinheiro como 'estranho'. 'A antiga é mais bonita, porém, essa é bem mais segura', afirma. O vendedor Wilson Maia pensou diferente da estudante. 'Ficou mais bonita, parecendo o Euro. Além disso, esta nota é cheia de recursos para evitar falsificações. O problema é que agora, vamos ter que voltar a usar carteirões', brinca.

EM BELÉM  - Bancos começaram ontem a colocar nos caixas as cédulas de R$ 50 e R$ 100

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